domingo, 12 de fevereiro de 2012

GRAVIOLA, a delícia de Ilhéus!!!


No ano de 1976, menos de um ano de casada e fui levada, por meu esposo, a passear em ILHÉUS (no Sul da Bahia), uma das cidades praianas mais lindas daquele Estado, rica de tradições, cultura e sincretismo, tudo muito bem relatado e pintado pelo gênio chamado DORIVAL CAYMMI. 
Hospedamos no paradisíaco HOTEL BARRAVENTO (pelo menos assim era considerado naquela era) onde, realmente, o atendimento ficou na nossa história, muito mais pelo inusitado da culinária, do jeito dengoso das baianas que ali cuidavam de tudo, desde a recepção, o serviço de quarto, o restaurante até o acompanhamento atencioso aos diversos atrativos oferecidos durante todo o dia que quase deixavam-nos presos ao Hotel.
Fomos ao Velho Marinheiro onde nos deliciamos com uma completa "caldeirada"; visitamos o Vesúvio (O Bar do Nacib), passamos pelo "Bataclã", pelos museus, rezamos na Catedral de São Sebastião e nos encantamos com as principais praias, sendo que, em uma delas, assistimos à Festa de Iemenjá: Era um dia 02 de Fevereiro, a cidade comemorava sua data maior, com a presença da família mais ilustre daquele lugar, Dorival (o escritor) com seus filhos Dori e Nana Caymmi, além de outras personalidades famosas como Caetano Veloso, Maria Betânia, Gal Costa, o Filho da Menininha da Gantois e o "painho" ACM, marcando ali a sua presença como um dos mais influentes políticos da Revolução de 1964.
O calor era abrasador e em todos os lugares que íamos, além do chocolate e do camarão, chamava-nos a atenção uma bebida bem gelada, leitosa, que nos serviam em grandes tulipas: O gosto era delicioso, mas havia um sabor que não sabíamos associar a qual das frutas que já conhecíamos de outros lugares.
A curiosidade foi aumentando, na medida em que aquela delícia de suco se esgotava rapidamente, tão logo começava a ser servida aos hóspedes que a disputavam como uma preciosidade.
Pedi a uma das garçonetes para me mostrar uma das frutas, da qual se fazia aquele delicioso suco.
E ela, gentilmente me apresentou, numa bandeja de prata, a curiosa fruta: uma pinha anona, que se passou a ser chamada de 


GRAVIOLA.

A graviola ou pinha da Guiné-Bissau (Annona muricata) é uma planta originária das Antilhas, onde se encontra em estado silvestre. No Brasil, tornou-se subespontânea na Amazônia, sendo cultivada principalmente nos estados do Nordeste. Prefere climas úmidos, baixa altitude, e não exige muito em relação a terrenos.
A graviola é uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura) e encontrada em quase todos os países tropicais, com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos. Os frutos tem forma ovalada, casca verde-pálida, são grandes, chegando a pesar entre 750 gramas a 8 quilogramas e dando o ano todo. Contém muitas sementes, pretas, envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado e considerados por muitos semelhante à fruta-do-conde.


Desde março de 2003, e-mails circulam pela internet afirmando que o chá de graviola cura o câncer [1]. Há diversos estudos sobre a anonacina, o composto da graviola que teria efeitos anticancerosos. No entanto, esses estudos foram somente realizados in vitro ou in vivo em animais, não existindo ainda nenhum estudo clínico, em humanos.


Um motivo citado para a falta de estudos clínicos em humanos é o fato de não se poder patentear uma planta, o que leva os laboratórios que patrocinam os estudos a concentrarem as pesquisas nos princípios ativos, acetogeninas anonáceas (ACGs), em vez da planta[2].


As acetogeninas anonáceas atuam através da depleção dos níveis de ATP ao inibir o complexo I na cadeia de transporte de elétrons nas mitocôndrias, e inibindo a NADH oxidase do plasma de membranas principalmente de células tumorais [3] Por outro lado, o consumo freqüente de graviola está associado ao aparecimento de parkinsonismo atípico em certas regiões do Caribe [4] [5]


Em razão do paladar exótico, das propriedades refrescantes, antioxidandes e vitamínicas, atualmente tem sido imensa a procura do suco industrializado desta fruta o qual tem a preferência na rede hoteleira de luxo e nos navios de cruzeiro.



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